quinta-feira, 22 de abril de 2010

O Sofrimento de Jesus

“Pai, perdoa-lhes: porque não sabem o que fazem” (Lu 23:34). Jesus pediu a Deus que nos perdoasse, mesmo depois de todo o sofrimento que antecedeu à sua crucificação.

Eis abaixo uma descrição, retirada do site http://regismesquita.sites.uol.com.br/sofrimento.htm e escrita, segundo o site, pelo médico francês Dr. Barbet.

“Eu sou um cirurgião, e dou aulas há algum tempo. Por treze anos vivi em companhia de cadáveres e durante a minha carreira estudei a fundo anatomia. Posso, portanto, escrever sem presunção.

Jesus entrou em agonia no Getsemani - escreve o evangelista Lucas - orava mais intensamente. E seu suor tornou-se como gotas de sangue a escorrer pela terra. O único evangelista que relata o fato é um médico, Lucas . E o faz com a precisão dum clínico. O suar sangue, ou ‘hematidrose’, é um fenômeno raríssimo. Se produz em condições excepcionais: para provocá-lo é necessário uma fraqueza física, acompanhada de um abatimento moral violento causado por uma profunda emoção, por um grande medo. O terror, o susto, a angústia terrível de sentir-se carregando todos os pecados dos homens devem ter esmagado Jesus. Tal tensão extrema produz o rompimento das finíssimas veias capilares que estão sob as glândulas sudoríparas, o sangue se mistura ao suor e se concentra sobre a pele, e então escorre por todo o corpo até a terra.

Conhecemos a farsa do processo preparado pelo Sinédrio hebraico, o envio de Jesus a Pilatos e o desempate entre o procurador romano e Herodes. Pilatos cede, e então ordena a flagelação de Jesus. Os soldados despojam Jesus e o prendem pelo pulso a uma coluna do pátio. A flagelação se efetua com tiras de couro múltiplas sobre as quais são fixadas bolinhas de chumbo e de pequenos ossos. Os carrascos devem ter sido dois, um de cada lado, e de diferente estatura. Golpeiam com chibatadas a pele, já alterada por milhões de microscópicas hemorragias do suor de sangue. A pele se dilacera e se rompe; o sangue espirra. A cada golpe Jesus reage em um sobressalto de dor. As forças se esvaem; um suor frio lhe impregna a fronte, a cabeça gira em uma vertigem de náusea, calafrios lhe correm ao longo das costas. Se não estivesse preso no alto pelos pulsos, cairia em uma poça de sangue.

Depois o escárnio da coroação. Com longos espinhos, mais duros que aqueles da acácia, os algozes entrelaçam uma espécie de capacete e o aplicam sobre a cabeça. Os espinhos penetram no couro cabeludo fazendo-o sangrar (os cirurgiões sabem o quanto sangra o couro cabeludo).

Pilatos, depois de ter mostrado aquele homem dilacerado à multidão feroz, o entrega para ser crucificado. Colocam sobre os ombros de Jesus o grande braço horizontal da Cruz; pesa uns cinqüenta quilos. A estaca vertical já está plantada sobre o Calvário. Jesus caminha com os pés descalços pelas ruas de terreno irregulares, cheias de pedregulhos. Os soldados o puxam com as cordas. O percurso é de cerca de 600 metros. Jesus, fatigado, arrasta um pé após o outro, freqüentemente cai sobre os joelhos. E os ombros de Jesus estão cobertos de chagas. Quando ele cai por terra, a viga lhe escapa, escorrega, e lhe esfola o dorso.

Sobre o Calvário tem início a crucificação. Os carrascos despojam o condenado, mas a sua túnica está colada nas chagas e tirá-la é atroz. Alguma vez vocês tiraram uma atadura de gaze de uma grande chaga? Não sofreram vocês mesmos esta experiência, que muitas vezes precisa de anestesia? Podem agora vos dar conta do que se trata. Cada fio de tecido adere à carne viva: ao levarem a túnica, se laceram as terminações nervosas postas em descoberto pelas chagas. Os carrascos dão um puxão violento. Como aquela dor atroz não provoca uma síncope? O sangue começa a escorrer.

Jesus é deitado de costas, as suas chagas se incrustam de pé e pedregulhos. Depositam-no sobre o braço horizontal da cruz. Os algozes tomam as medidas. Com uma broca, é feito um furo na madeira para facilitar a penetração dos pregos; horrível suplício! Os carrascos pegam um prego (um longo prego pontudo e quadrado), o apoiam sobre o pulso de Jesus, com um golpe certeiro de martelo o plantam e o rebatem sobre a madeira. Jesus deve ter contraído o rosto assustadoramente. No mesmo instante o seu pólice, com um movimento violento se posicionou opostamente na palma da mão; o nervo mediano foi lesado. Pode-se imaginar aquilo que Jesus deve ter provado; uma dor lancinante, agudíssima, que se difundiu pelos dedos, e espalhou-se, como uma língua de fogo, pelos ombros, lhe atingindo o cérebro. Uma dor mais insuportável que um homem possa provar, ou seja, aquela produzida pela lesão dos grandes troncos nervosos. De sólido provoca uma síncope e faz perder a consciência. Em Jesus não. Pelo menos se o nervo tivesse sido cortado! Ao contrário (constata-se experimentalmente com freqüência) o nervo foi destruído só em parte: a lesão do tronco nervoso permanece em contato com o prego: quando o corpo for suspenso na cruz, o nervo se esticará fortemente como uma corda de violino esticada sobre a cravelha. A cada solavanco, a cada movimento, vibrará despertando dores dilacerantes. Um suplício que durará três horas.

O carrasco e seu ajudante empunham a extremidade da trava; elevam Jesus, colocando-o primeiro sentado e depois em pé; conseqüentemente fazendo-o tombar para trás, o encostam na estaca vertical. Depois rapidamente encaixam o braço horizontal da cruz sobre a estaca vertical. Os ombros da vítima esfregaram dolorosamente sobre a madeira áspera. As pontas cortantes da grande coroa de espinhos o laceraram o crânio. A pobre cabeça de Jesus inclinou-se para frente, uma vez que a espessura do capacete o impedia de apoiar-se na madeira. Cada vez que o mártir levanta a cabeça, recomeçam pontadas agudíssimas.

Pregam-lhe os pés. Ao meio-dia Jesus tem sede. Não bebeu desde a tarde anterior. As feições são impressas, o vulto é uma máscara de sangue. A boca está semi-aberta e o lábio inferior começa a pender. A garganta, seca, lhe queima, mas ele não pode engolir. Tem sede. Um soldado lhe estende sobre a ponta de uma vara, uma esponja embebida em bebida ácida, em uso entre os militares. Tudo aquilo é uma tortura atroz.

Um estranho fenômeno se produz no corpo de Jesus. Os músculos dos braços se enrijecem em uma contração que vai se acentuando: os deltóides, os bíceps esticados e levantados, os dedos se curvam. Se diria um ferido atingido de tétano, presa de uma horrível crise que não se pode descrever. A isto que os médicos chamam tetania, quando os sintomas se generalizam: os músculos do abdômen se enrijecem em ondas imóveis, em seguida aqueles entre as costelas, os do pescoço, e os respiratórios. A respiração se faz, pouco a pouco mais curta. O ar entra com um sibilo, mas não consegue mais sair. Jesus respira com o ápice dos pulmões. Tem sede de ar: como um asmático em plena crise, seu rosto pálido pouco a pouco se torna vermelho, depois se transforma num violeta purpúreo e enfim em cianítico. Jesus atingido pela asfixia, sufoca. Os pulmões cheios de ar não podem mais esvaziar-se. A fronte está impregnada de suor, os olhos saem fora de órbita. Que dores atrozes devem ter martelado o seu crânio! Mas o que acontece? Lentamente com um esforço sobre- humano Jesus tomou um ponto de apoio sobre o prego dos pés. Esforçando-se a pequenos golpes, se eleva aliviando a tração dos braços. Os músculos do tórax se distendem. A respiração se torna mais ampla e profunda, os pulmões se esvaziam e o rosto recupera a palidez inicial. Porque este esforço? Porque Jesus quer falar: ‘Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem’. Logo em seguida o corpo começa afrouxar-se de novo, e a asfixia recomeça.

Foram transmitidas sete frases pronunciadas por ele na cruz: cada vez que quer falar, deverá elevar-se tendo como apoio o prego dos pés, inimaginável! Enxames de moscas, grandes moscas verdes e azuis, zunem ao redor do seu corpo; irritam sobre o seu rosto, mas ele não pode enxotá-las. Pouco depois o céu escurece, o sol se esconde: de repente a temperatura se abaixa. Logo serão três da tarde. Jesus luta sempre: de vez em quando se eleve para respirar. A asfixia periódica do infeliz que está destroçado. Uma tortura que dura três horas. Todas as suas dores, a sede, as cãibras, a asfixia, o latejar dos nervos medianos, lhe arrancaram um lamento: ‘Meu Deus, meu Deus, porque me abandonastes?’. Jesus grita: ‘Tudo está consumado!’. Em seguida num grande brado disse: ‘Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito’. E morre.”

E JESUS FEZ TUDO ISSO POR QUÊ?

POR AMOR A NÓS, PECADORES!

PARA QUE NOSSOS PECADOS FOSSEM LAVADOS PELO SEU PRECIOSO SANGUE!

Fui à exposição de uma réplica perfeita do Santo Sudário, na semana passada, com a Tati e hoje assisti, novamente, ao filme: “A Paixão de Cristo”. Confesso que tentei escrever sobre o sofrimento de Jesus, mas nada do que escrevia parecia ser o suficiente... parecia tão pouco pelo tanto que Jesus sofreu por nós. Então encontrei esse texto na internet, achei legal e estou postando para vocês.

Que Deus os abençoem!

sábado, 17 de abril de 2010

Fé e Ciência são incompatíveis?

Na última quinta eu e a Michely fomos conferir a exposição “O Homem do Sudário”, que está em cartaz no Shopping Palladium, aqui em Curitiba, até o dia 30 de junho. Além de uma exposição sobre fé, é uma exposição sobre ciência. Mais do que isso, é uma exposição sofre a ligação entre fé e ciência.
Ao contrário do que muitos ateus militantes pregam por aí, fé e ciência não são incompatíveis; elas se complementam. Isso ficou ainda mais claro para mim depois de visitar a exposição, que conta com vários painéis sobre as análises científicas realizadas no Santo Sudário. Ao que parece, este é o material que passou por mais análises, em toda a história humana.

O que o Sudário mostra me deixou muito impressionada. É a materialização da Paixão de Cristo, segundo os Evangelhos, só não vê quem não tem fé... ou quem não tem inteligência. (Digo o mesmo para o milagre do manto de Nossa Senhora de Guadalupe, que abordei em outra postagem).


Exposições como essa mostram que a nossa fé não é cega, enquanto há muitos ateus afundados num fanatismo pseudo-científico. Vou dar um exemplo: eu estudo Geologia, uma ciência que, entre outras coisas, ajuda a explicar a origem do Universo. Acho lamentável quando os professores começam com aquela doutrinação atéia, tentando ridicularizar aqueles que tem alguma crença. Como se a Fé fosse um dom que se abandona com qualquer argumento pífio. 


Para esses eu digo o mesmo que São Paulo disse aos Efésios: "É pela graça que fostes salvos, mediante a fé. E isso não vem de vós: é dom de Deus!" (Ef 2, 8) Portanto, acreditar ou não é dom de Deus.


Recomendo a quem tiver oportunidade, que visite a exposição, mas sem pré-julgamentos.


Finalizo com uma frase de Santo Agostinho, Doutor da Graça e da Caridade: "Fé, entretanto, é acreditar no que você ainda não vê; para tal fé a recompensa é ver aquilo no que você acredita." (Sermões 43,1)

sábado, 10 de abril de 2010

O que se esconde por trás da ofensiva da mídia contra o Papa?

Olá amigos, nós estamos meio atarefadas ultimamente, com provas e trabalhos, pedimos desculpa por não estar atualizando o blog com frequencia.
Mas hoje decidi trazer um texto sobre a ofensiva da mídia contra o Papa Bento XVI, publicado há algumas semanas já. Espero que vocês aproveitem a leitura.
Fiquem com Deus.
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A "paixão" de Bento XVI

O primado sobre a Igreja, conferido por Cristo a Pedro e a seus sucessores, não é “simplesmente” a faculdade de guiar o povo terreno na caminhada rumo a Deus. É algo mais. É a entrega do martírio. O próprio Cristo revelou isso ao Apóstolo escolhido para apascentar o Seu rebanho: “Em verdade, em verdade te digo: quando eras jovem, tu te vestias sozinho e ias onde querias; mas, quando envelheceres, estenderás a tua mão e um outro te vestirá e te levarás onde não queres” (Jo 21,18). 

A profecia de fato se cumpriu, em Roma, pelas mãos de Nerone, sobre a colina do Vaticano, onde Pedro foi crucificado, como o seu Mestre, mas de cabeça para baixo, conforme seu pedido, porque se sentia indigno de morrer da mesma maneira que o Messias.

Nós, católicos, sabemos que Pedro, hoje, é Bento XVI.  Não temos dúvida disso. Mas quem, vestindo os paramentos de Nerone, assopra sobre o fogo do escândalo da pedofilia? Aqueles que desejam silenciar o Papa dos valores não negociáveis; o Pontífice que não se esquivou por medo diante dos lobos; o Chefe da Igreja, sem hesitação ou compromissos na defesa da vida, na condenação do aborto e da eutanásia, na tutela do matrimônio natural. 

Trata-se dos potentíssimos lobbys econômicos, farmacêuticos, homossexuais, a quem seria certamente mais cômodo um Papa débil e silencioso ou, melhor ainda, mais “tolerante”. Se trata de verdadeiras e próprias organizações criminais, cínicas e cruéis, que agem em uníssono com a maçonaria para fazer uma caricatura de Bento XVI como o “número 1” da mais ativa e ameaçadora Associação para delinqüir e violentar sexualmente crianças que já existiu em toda a história: a Igreja Católica.

Bem, eles não terão sucesso. Ou, melhor, para dizer tudo, já faliram. Primeiro porque as acusações são infundadas: ninguém como este Pontífice, desde quando era Cardeal Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, combateu com tantos resultados a pedofilia e os abusos sexuais praticados em geral pelo Clero; depois, porque nenhuma pessoa de bom senso poderia colocar em dúvida a estatura e honestidade intelectual de Joseph Ratzinger.

Depois da “lenda negra” de Pio XII sobre os judeus, há quem queira, hoje em dia, criar a “lenda negra” de Bento XVI, como aquele que passou a vida encobrindo casos de padres pedófilos.

Estamos ainda na Quaresma, mas a “paixão” do Santo Padre já começou dolorosamente.
Avante! Força! Coragem! Ajudemo-lo com a oração, confiando-o e confiando-nos a Maria Santíssima.
Façamo-nos “Cireneus”. Tomemos um pouco da sua Cruz e acompanhemo-lo sem hesitação.
Desde o atentado contra João Paulo II, não se via mais um ataque tão direto e cruel ao Sumo Pontífice.
Mas não podemos e não devemos nos render, até porque a promessa de Cristo a Pedro é irrevogável:
“As portas do inferno não prevalecerão…”
                                                                                                   
Traduzido e adaptado de Ginaluca Barile www.papanews.it

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Onde ELE está?


Olá amigos!
Na Semana Santa, pra ser exata, numa Quinta-feira Santa, resolvi publicar um texto que escrevi já há alguns dias! E aqui vai ele:
Onde DEUS está? Quero sentir e ver! Quero poder tocar, para poder crer!
(Trecho de “Sangria” da banda Cristoatividade, regravada pelo Rosa de Saron)
Hoje eu tive uma proveitosa aula de “Literatura na educação básica”, lemos alguns textos de livros infantis. Chorei junto com uma colega de classe, lendo algo sobre avós, e isso já foi proveitoso, visto que chorar com alguém aproxima mais do que sorrir com alguém.
E continuando a leitura me deparo com um pequeno poema, feito para crianças, há muitos anos atrás, pelo gênio Olavo Bilac. Segue o poema:

“Para experimentar Octávio, o mestre
Diz: ‘Já que tudo sabe, venha cá!’
Diga em que ponto da extensão terrestre
OU da extensão celeste, DEUS está

Por um momento apenas, fica mudo
Octávio, e logo resposta dá:
‘Eu, senhor mestre, lhe daria tudo
Se me dissesse onde é que Ele não está’ “

Achei genial o poema, e fiquei orgulhosa da resposta do menino!  Que expressou seu conhecimento da Onipresença Divina!
E ainda fiz ligação com aquela canção tão executada nos retiros, encontros e shows:
“[...] Me diga onde Ele está...
Está no Céu, está no mar, Na extensão do infinito”
Que linda maneira de responder onde DEUS está! Ora! Ele está em todo lugar! Não há onde não esteja!

(Salmo 139.7) "Para onde irei, longe do teu espírito? Para onde fugirei da tua presença? "

Você já pensou nisso?
Quando você pratica algo bom, DEUS está do seu lado, mas se faz algo ruim, Ele também está!Então, é hora de vigiarmos nossos atos!
 (São Mateus 26,41)
Vigiai e orai, para não cairdes em tentação; pois o espírito está pronto, mas a carne é fraca”. 
Pensem nisso!

Com esse textinho simples, eu desejo a vocês uma Santa Páscoa!

quarta-feira, 24 de março de 2010

Você é a favor do assassinato de crianças indefesas?

Com certeza você disse um sonoro "É CLARO QUE NÃO" em resposta à pergunta acima. Assim como eu, você deve ficar comovido e indignado com o que aconteceu com a pequena Isabella Nardoni. Aliás, eu sempre fico assim quando os jornais noticiam a morte de um jovem inocente, além do mais por morte violenta. Deve ser porque não é natural que os filhos morram antes dos pais, ou pior, como no caso da Isabella, que o pai mate sua própria filha (ao que tudo indica).


O fato é que os Nardoni estão sendo julgados pelos seus atos e, considerando a mobilização da imprensa e a comoção da sociedade, mesmo que eles sejam inocentados (o que acho extremamente improvável), vão carregar para sempre a acusação de ter assassinado uma criança inocente e indefesa, já que a menina tinha apenas 5 anos na época.


Eu entendo que um caso assim cause comoção, pois, com o julgamento do casal Nardoni, a imprensa voltou a encher as páginas de jornais e revistas com fotos da menina, feliz, cheia de vida. Uma vida que se perdeu de forma brutal, sem chance de defesa.


Por outro lado, acho uma hipocrisia que um caso isolado cause tamanho alarde por parte da imprensa, diante do número de bebês que são abortados todos os dias (nem vou colocar as estatísticas porque elas divergem muito, mas o número é gigantesco). Gostaria que os abortistas me dissessem se o valor de uma vida pode ser medido, afinal, um feto é uma vida como a minha e a sua. E mesmo com aquele papo, "a ciência ainda não definiu em que estágio do desenvolvimento do embrião a vida começa", um embrião, querendo os abortistas ou não, é uma vida em potencial.


É óbvio, não estou querendo dizer que o caso da Isabella não merece atenção, mas o que mais temos por aí são pais que matam os filhos, e com isso ninguém se preocupa, a sociedade lava as mãos. 
Eu acredito que o aborto seja um crime ainda mais hediondo, afinal ninguém pede justiça por essas milhões de mortes que acontecem todos os anos, ninguém chora essas milhões de mortes... Ao contrário, alguns dizem que "há crianças que viriam ao mundo só para sofrer ou para aumentar ainda mais o número de pobres". Bem, esses não merecem nem refutação, porque além de tudo são racistas e preconceituosos, culpando os pobres pelas mazelas que assolam o mundo, ou duvidando que pessoas humildes possam dar uma vida digna a seus filhos.
Ainda mais assustador é pensar que há muitas mulheres com condições de criar vários filhos que simplesmente interrompem uma vida alegando gravidez indesejada. Por essas só nos resta rezar e pedir perdão a Deus.


O aborto é um assassinato, frio e cruel, igual ao da menina Isabella. Não vou dizer que é pior ou melhor, pois estaria fazendo o mesmo que os abortistas fazem, medindo se uma vida tem mais valor que a outra.


Para finalizar, lembrei de uma passagem do livro do profeta Jeremias: "Antes mesmo de te formares no ventre da tua mãe, Eu te conheci; antes que saísses do seio [materno], Eu te consagrei" (Jer 1,5). 
Essa passagem prova a ligação da vida humana com Deus, antes mesmo da sua concepção. Prova que a vida é sagrada, não importa em que condições.


Que a morte da linda Isabella não tenha sido em vão. Que a morte dela cause a comoção também daqueles que praticam o aborto, que defendem esse crime ou que colaboram para que ele aconteça, por exemplo, votando em partidos que claramente o apóiam (isso é assunto para um outro texto, que postarei em breve).


E nós, vamos continuar calados diante da morte de milhões de indefesos todos os anos?

domingo, 21 de março de 2010

O que engasga um namoro?


Ontem fui assistir a uma peça chamada “Xarope para curar a tosse”. Acabei escolhendo ela por ter um título bastante peculiar, bem diferente das demais. Mas a peça tomou um rumo bastante diferente do que eu esperava... Enfim, nela acabei relembrando de vários fatos, coisas, situações que “engasgam”, pois a tosse é um engasgo.

Deixando de pensar um pouco o que engasga a mim, acabei pensando o que engasga um namoro e qual é o xarope necessário para curar esse engasgamento, essa tosse.

Bem, atualmente, os namoros estão regados de coisas que fazem o namoro não dar certo, ou então, como no contexto da peça, engasga! Entre vários aspectos que poderia abordar, decidi escrever sobre o sexo no namoro.

Esse período, que deveria servir para aproximar os corações de dois apaixonados, acabou se distorcendo. No namoro, ambos têm a possibilidade de conhecer melhor um ao outro, onde podem partilhar os sonhos, descobrir as qualidades, os defeitos, do que a pessoa gosta, do que não gosta, e o mais importante: é na vivência do namoro que os dois decidem se desejam elevar o compromisso.

Mas isso não acontece. Está tudo invertido! Tudo de cabeça para baixo! O que deveria ser o ápice do amor conjugal, o qual deveria ocorrer somente após a instituição do sacramento do matrimônio acontece antes e, na maioria das vezes, traz consigo conseqüências nada legais.

O que acontece, é que as pessoas têm vulgarizado o sexo, que é divino. É através dele que podemos ter a honra e glória de continuar a missão que Ele nos delegou: “¹Deus abençoou Noé e seus filhos: ‘Sede fecundos, disse-lhe Ele, multiplicai-vos e enchei toda a terra’” (Gênesis – cap 9).

Além disso, a relação sexual torna o casal um só corpo e um só espírito. Não se deve entregar-se a qualquer pessoa. Lembrei de uma passagem, descrita em Êxodo, capítulo 3, no qual Moisés apascentava o rebanho, quando acabou conduzindo seu rebanho para além do deserto, chegando ao Horeb. Apareceu, então, um anjo numa chama, em meio a uma sarça. A sarça ardia, mas não se consumia. Moisés, querendo contemplar o maravilhoso espetáculo, resolveu se aproximar. O Senhor vendo a aproximação falou: “Não te aproximes daqui. Tira as sandálias dos teus pés, porque o lugar que te encontras é uma terra santa. (...)”.

Inspirando-nos nesse trecho, nós também (tanto as mulheres como os homens) devemos ter a consciência de que somos terras santas e não devemos deixar ninguém “sujar” esse solo que é SAGRADO.

Se a pessoa gosta de você verdadeiramente; caso ame e respeite você, com certeza, ele/a vai tirar as sandálias antes de entrar em sua vida. Então, o namoro tem tudo para ser bacana e, quem sabe nessa trilha, poderão sentir o desejo de caminhar ao lado da pessoa “pra sempre”: na alegria e na tristeza, na saúde e na doença!

Que Deus nos proteja e nos guarde!

quarta-feira, 17 de março de 2010

Que exemplos estamos dando para as nossas crianças?

É interessante ligar a televisão no domingo a tarde, façam essa experiência e vejam no que se transformou a TV aberta no Brasil... É de entristecer!
Domingo passado eu tive essa infeliz ideia, e o que pude notar é uma evidente generalização do "topa tudo por dinheiro", o saudoso programa do Silvio Santos...

Mas, de todo o show de horrores, o que me deixou mais indignada foi o Faustão explorando a imagem de um pobre coitado, tocando e cantando, se é que posso falar assim.
E a dignidade da pessoa, onde é que fica? O Faustão claramente fazendo chacota do cara, rindo do seu pouco talento, ou talvez da sua aparência, ou da falta de domínio do inglês, ou da letra da música que o homem cantou.. (vejam o vídeo aqui).

O mais interessante é que o senhor só foi parar no programa porque virou sucesso no You Tube, com vídeos com milhões de acesso.. Hoje em dia não é difícil encontrar cantores, grupos, bandas, duplas que fazem um sucesso estrondoso com músicas de qualidade duvidosa, pra não dizer outra coisa.
Será que pra fazer sucesso tem que ser ridículo? Será que músicas com letras que não tenham duplo sentido ou mesmo descarado apelo sexual não fazem sucesso?

Segunda-feira estava conversando com meus colegas da Universidade na hora do almoço, sobre as denúncias do Fantástico da rede de pedófilos espalhada pelo Brasil, será que coisas aparentemente inocentes como essas músicas de duplo sentido, que entram na cabeça das crianças porque os pais ouvem, ou porque ouvem na rua, veem na TV, não desperta uma sexualidade precoce? E mesmo aquelas aulas de educação sexual desde a 4' série, há necessidade daquilo?

Quanta contradição, despertam a curiosidade das crianças e quando acontecem cenas como as que vimos no Fantástico domingo, tentam tomar medidas! Será que não está na hora de rever algumas políticas públicas?
Enfim, enquanto os brasileiros continuarem a dar audiência a programas como o do Faustão, continuarem a consagrar "artistas" que gravam músicas como o famigerado "Rebolation" ou "Você não vale nada mais eu gosto de você", podemos esperar o que? Afinal, "a boca fala daquilo que o coração está cheio" (Lc 6, 45)

Que tal parar para pensar um pouco sobre o exemplo que estamos dando para a nova geração? Uma geração formada sem valores, sem ninguém para orientá-las.. Deus tenha misericórdia de nós!