quinta-feira, 22 de abril de 2010

O Sofrimento de Jesus

“Pai, perdoa-lhes: porque não sabem o que fazem” (Lu 23:34). Jesus pediu a Deus que nos perdoasse, mesmo depois de todo o sofrimento que antecedeu à sua crucificação.

Eis abaixo uma descrição, retirada do site http://regismesquita.sites.uol.com.br/sofrimento.htm e escrita, segundo o site, pelo médico francês Dr. Barbet.

“Eu sou um cirurgião, e dou aulas há algum tempo. Por treze anos vivi em companhia de cadáveres e durante a minha carreira estudei a fundo anatomia. Posso, portanto, escrever sem presunção.

Jesus entrou em agonia no Getsemani - escreve o evangelista Lucas - orava mais intensamente. E seu suor tornou-se como gotas de sangue a escorrer pela terra. O único evangelista que relata o fato é um médico, Lucas . E o faz com a precisão dum clínico. O suar sangue, ou ‘hematidrose’, é um fenômeno raríssimo. Se produz em condições excepcionais: para provocá-lo é necessário uma fraqueza física, acompanhada de um abatimento moral violento causado por uma profunda emoção, por um grande medo. O terror, o susto, a angústia terrível de sentir-se carregando todos os pecados dos homens devem ter esmagado Jesus. Tal tensão extrema produz o rompimento das finíssimas veias capilares que estão sob as glândulas sudoríparas, o sangue se mistura ao suor e se concentra sobre a pele, e então escorre por todo o corpo até a terra.

Conhecemos a farsa do processo preparado pelo Sinédrio hebraico, o envio de Jesus a Pilatos e o desempate entre o procurador romano e Herodes. Pilatos cede, e então ordena a flagelação de Jesus. Os soldados despojam Jesus e o prendem pelo pulso a uma coluna do pátio. A flagelação se efetua com tiras de couro múltiplas sobre as quais são fixadas bolinhas de chumbo e de pequenos ossos. Os carrascos devem ter sido dois, um de cada lado, e de diferente estatura. Golpeiam com chibatadas a pele, já alterada por milhões de microscópicas hemorragias do suor de sangue. A pele se dilacera e se rompe; o sangue espirra. A cada golpe Jesus reage em um sobressalto de dor. As forças se esvaem; um suor frio lhe impregna a fronte, a cabeça gira em uma vertigem de náusea, calafrios lhe correm ao longo das costas. Se não estivesse preso no alto pelos pulsos, cairia em uma poça de sangue.

Depois o escárnio da coroação. Com longos espinhos, mais duros que aqueles da acácia, os algozes entrelaçam uma espécie de capacete e o aplicam sobre a cabeça. Os espinhos penetram no couro cabeludo fazendo-o sangrar (os cirurgiões sabem o quanto sangra o couro cabeludo).

Pilatos, depois de ter mostrado aquele homem dilacerado à multidão feroz, o entrega para ser crucificado. Colocam sobre os ombros de Jesus o grande braço horizontal da Cruz; pesa uns cinqüenta quilos. A estaca vertical já está plantada sobre o Calvário. Jesus caminha com os pés descalços pelas ruas de terreno irregulares, cheias de pedregulhos. Os soldados o puxam com as cordas. O percurso é de cerca de 600 metros. Jesus, fatigado, arrasta um pé após o outro, freqüentemente cai sobre os joelhos. E os ombros de Jesus estão cobertos de chagas. Quando ele cai por terra, a viga lhe escapa, escorrega, e lhe esfola o dorso.

Sobre o Calvário tem início a crucificação. Os carrascos despojam o condenado, mas a sua túnica está colada nas chagas e tirá-la é atroz. Alguma vez vocês tiraram uma atadura de gaze de uma grande chaga? Não sofreram vocês mesmos esta experiência, que muitas vezes precisa de anestesia? Podem agora vos dar conta do que se trata. Cada fio de tecido adere à carne viva: ao levarem a túnica, se laceram as terminações nervosas postas em descoberto pelas chagas. Os carrascos dão um puxão violento. Como aquela dor atroz não provoca uma síncope? O sangue começa a escorrer.

Jesus é deitado de costas, as suas chagas se incrustam de pé e pedregulhos. Depositam-no sobre o braço horizontal da cruz. Os algozes tomam as medidas. Com uma broca, é feito um furo na madeira para facilitar a penetração dos pregos; horrível suplício! Os carrascos pegam um prego (um longo prego pontudo e quadrado), o apoiam sobre o pulso de Jesus, com um golpe certeiro de martelo o plantam e o rebatem sobre a madeira. Jesus deve ter contraído o rosto assustadoramente. No mesmo instante o seu pólice, com um movimento violento se posicionou opostamente na palma da mão; o nervo mediano foi lesado. Pode-se imaginar aquilo que Jesus deve ter provado; uma dor lancinante, agudíssima, que se difundiu pelos dedos, e espalhou-se, como uma língua de fogo, pelos ombros, lhe atingindo o cérebro. Uma dor mais insuportável que um homem possa provar, ou seja, aquela produzida pela lesão dos grandes troncos nervosos. De sólido provoca uma síncope e faz perder a consciência. Em Jesus não. Pelo menos se o nervo tivesse sido cortado! Ao contrário (constata-se experimentalmente com freqüência) o nervo foi destruído só em parte: a lesão do tronco nervoso permanece em contato com o prego: quando o corpo for suspenso na cruz, o nervo se esticará fortemente como uma corda de violino esticada sobre a cravelha. A cada solavanco, a cada movimento, vibrará despertando dores dilacerantes. Um suplício que durará três horas.

O carrasco e seu ajudante empunham a extremidade da trava; elevam Jesus, colocando-o primeiro sentado e depois em pé; conseqüentemente fazendo-o tombar para trás, o encostam na estaca vertical. Depois rapidamente encaixam o braço horizontal da cruz sobre a estaca vertical. Os ombros da vítima esfregaram dolorosamente sobre a madeira áspera. As pontas cortantes da grande coroa de espinhos o laceraram o crânio. A pobre cabeça de Jesus inclinou-se para frente, uma vez que a espessura do capacete o impedia de apoiar-se na madeira. Cada vez que o mártir levanta a cabeça, recomeçam pontadas agudíssimas.

Pregam-lhe os pés. Ao meio-dia Jesus tem sede. Não bebeu desde a tarde anterior. As feições são impressas, o vulto é uma máscara de sangue. A boca está semi-aberta e o lábio inferior começa a pender. A garganta, seca, lhe queima, mas ele não pode engolir. Tem sede. Um soldado lhe estende sobre a ponta de uma vara, uma esponja embebida em bebida ácida, em uso entre os militares. Tudo aquilo é uma tortura atroz.

Um estranho fenômeno se produz no corpo de Jesus. Os músculos dos braços se enrijecem em uma contração que vai se acentuando: os deltóides, os bíceps esticados e levantados, os dedos se curvam. Se diria um ferido atingido de tétano, presa de uma horrível crise que não se pode descrever. A isto que os médicos chamam tetania, quando os sintomas se generalizam: os músculos do abdômen se enrijecem em ondas imóveis, em seguida aqueles entre as costelas, os do pescoço, e os respiratórios. A respiração se faz, pouco a pouco mais curta. O ar entra com um sibilo, mas não consegue mais sair. Jesus respira com o ápice dos pulmões. Tem sede de ar: como um asmático em plena crise, seu rosto pálido pouco a pouco se torna vermelho, depois se transforma num violeta purpúreo e enfim em cianítico. Jesus atingido pela asfixia, sufoca. Os pulmões cheios de ar não podem mais esvaziar-se. A fronte está impregnada de suor, os olhos saem fora de órbita. Que dores atrozes devem ter martelado o seu crânio! Mas o que acontece? Lentamente com um esforço sobre- humano Jesus tomou um ponto de apoio sobre o prego dos pés. Esforçando-se a pequenos golpes, se eleva aliviando a tração dos braços. Os músculos do tórax se distendem. A respiração se torna mais ampla e profunda, os pulmões se esvaziam e o rosto recupera a palidez inicial. Porque este esforço? Porque Jesus quer falar: ‘Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem’. Logo em seguida o corpo começa afrouxar-se de novo, e a asfixia recomeça.

Foram transmitidas sete frases pronunciadas por ele na cruz: cada vez que quer falar, deverá elevar-se tendo como apoio o prego dos pés, inimaginável! Enxames de moscas, grandes moscas verdes e azuis, zunem ao redor do seu corpo; irritam sobre o seu rosto, mas ele não pode enxotá-las. Pouco depois o céu escurece, o sol se esconde: de repente a temperatura se abaixa. Logo serão três da tarde. Jesus luta sempre: de vez em quando se eleve para respirar. A asfixia periódica do infeliz que está destroçado. Uma tortura que dura três horas. Todas as suas dores, a sede, as cãibras, a asfixia, o latejar dos nervos medianos, lhe arrancaram um lamento: ‘Meu Deus, meu Deus, porque me abandonastes?’. Jesus grita: ‘Tudo está consumado!’. Em seguida num grande brado disse: ‘Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito’. E morre.”

E JESUS FEZ TUDO ISSO POR QUÊ?

POR AMOR A NÓS, PECADORES!

PARA QUE NOSSOS PECADOS FOSSEM LAVADOS PELO SEU PRECIOSO SANGUE!

Fui à exposição de uma réplica perfeita do Santo Sudário, na semana passada, com a Tati e hoje assisti, novamente, ao filme: “A Paixão de Cristo”. Confesso que tentei escrever sobre o sofrimento de Jesus, mas nada do que escrevia parecia ser o suficiente... parecia tão pouco pelo tanto que Jesus sofreu por nós. Então encontrei esse texto na internet, achei legal e estou postando para vocês.

Que Deus os abençoem!

sábado, 17 de abril de 2010

Fé e Ciência são incompatíveis?

Na última quinta eu e a Michely fomos conferir a exposição “O Homem do Sudário”, que está em cartaz no Shopping Palladium, aqui em Curitiba, até o dia 30 de junho. Além de uma exposição sobre fé, é uma exposição sobre ciência. Mais do que isso, é uma exposição sofre a ligação entre fé e ciência.
Ao contrário do que muitos ateus militantes pregam por aí, fé e ciência não são incompatíveis; elas se complementam. Isso ficou ainda mais claro para mim depois de visitar a exposição, que conta com vários painéis sobre as análises científicas realizadas no Santo Sudário. Ao que parece, este é o material que passou por mais análises, em toda a história humana.

O que o Sudário mostra me deixou muito impressionada. É a materialização da Paixão de Cristo, segundo os Evangelhos, só não vê quem não tem fé... ou quem não tem inteligência. (Digo o mesmo para o milagre do manto de Nossa Senhora de Guadalupe, que abordei em outra postagem).


Exposições como essa mostram que a nossa fé não é cega, enquanto há muitos ateus afundados num fanatismo pseudo-científico. Vou dar um exemplo: eu estudo Geologia, uma ciência que, entre outras coisas, ajuda a explicar a origem do Universo. Acho lamentável quando os professores começam com aquela doutrinação atéia, tentando ridicularizar aqueles que tem alguma crença. Como se a Fé fosse um dom que se abandona com qualquer argumento pífio. 


Para esses eu digo o mesmo que São Paulo disse aos Efésios: "É pela graça que fostes salvos, mediante a fé. E isso não vem de vós: é dom de Deus!" (Ef 2, 8) Portanto, acreditar ou não é dom de Deus.


Recomendo a quem tiver oportunidade, que visite a exposição, mas sem pré-julgamentos.


Finalizo com uma frase de Santo Agostinho, Doutor da Graça e da Caridade: "Fé, entretanto, é acreditar no que você ainda não vê; para tal fé a recompensa é ver aquilo no que você acredita." (Sermões 43,1)

sábado, 10 de abril de 2010

O que se esconde por trás da ofensiva da mídia contra o Papa?

Olá amigos, nós estamos meio atarefadas ultimamente, com provas e trabalhos, pedimos desculpa por não estar atualizando o blog com frequencia.
Mas hoje decidi trazer um texto sobre a ofensiva da mídia contra o Papa Bento XVI, publicado há algumas semanas já. Espero que vocês aproveitem a leitura.
Fiquem com Deus.
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A "paixão" de Bento XVI

O primado sobre a Igreja, conferido por Cristo a Pedro e a seus sucessores, não é “simplesmente” a faculdade de guiar o povo terreno na caminhada rumo a Deus. É algo mais. É a entrega do martírio. O próprio Cristo revelou isso ao Apóstolo escolhido para apascentar o Seu rebanho: “Em verdade, em verdade te digo: quando eras jovem, tu te vestias sozinho e ias onde querias; mas, quando envelheceres, estenderás a tua mão e um outro te vestirá e te levarás onde não queres” (Jo 21,18). 

A profecia de fato se cumpriu, em Roma, pelas mãos de Nerone, sobre a colina do Vaticano, onde Pedro foi crucificado, como o seu Mestre, mas de cabeça para baixo, conforme seu pedido, porque se sentia indigno de morrer da mesma maneira que o Messias.

Nós, católicos, sabemos que Pedro, hoje, é Bento XVI.  Não temos dúvida disso. Mas quem, vestindo os paramentos de Nerone, assopra sobre o fogo do escândalo da pedofilia? Aqueles que desejam silenciar o Papa dos valores não negociáveis; o Pontífice que não se esquivou por medo diante dos lobos; o Chefe da Igreja, sem hesitação ou compromissos na defesa da vida, na condenação do aborto e da eutanásia, na tutela do matrimônio natural. 

Trata-se dos potentíssimos lobbys econômicos, farmacêuticos, homossexuais, a quem seria certamente mais cômodo um Papa débil e silencioso ou, melhor ainda, mais “tolerante”. Se trata de verdadeiras e próprias organizações criminais, cínicas e cruéis, que agem em uníssono com a maçonaria para fazer uma caricatura de Bento XVI como o “número 1” da mais ativa e ameaçadora Associação para delinqüir e violentar sexualmente crianças que já existiu em toda a história: a Igreja Católica.

Bem, eles não terão sucesso. Ou, melhor, para dizer tudo, já faliram. Primeiro porque as acusações são infundadas: ninguém como este Pontífice, desde quando era Cardeal Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, combateu com tantos resultados a pedofilia e os abusos sexuais praticados em geral pelo Clero; depois, porque nenhuma pessoa de bom senso poderia colocar em dúvida a estatura e honestidade intelectual de Joseph Ratzinger.

Depois da “lenda negra” de Pio XII sobre os judeus, há quem queira, hoje em dia, criar a “lenda negra” de Bento XVI, como aquele que passou a vida encobrindo casos de padres pedófilos.

Estamos ainda na Quaresma, mas a “paixão” do Santo Padre já começou dolorosamente.
Avante! Força! Coragem! Ajudemo-lo com a oração, confiando-o e confiando-nos a Maria Santíssima.
Façamo-nos “Cireneus”. Tomemos um pouco da sua Cruz e acompanhemo-lo sem hesitação.
Desde o atentado contra João Paulo II, não se via mais um ataque tão direto e cruel ao Sumo Pontífice.
Mas não podemos e não devemos nos render, até porque a promessa de Cristo a Pedro é irrevogável:
“As portas do inferno não prevalecerão…”
                                                                                                   
Traduzido e adaptado de Ginaluca Barile www.papanews.it

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Onde ELE está?


Olá amigos!
Na Semana Santa, pra ser exata, numa Quinta-feira Santa, resolvi publicar um texto que escrevi já há alguns dias! E aqui vai ele:
Onde DEUS está? Quero sentir e ver! Quero poder tocar, para poder crer!
(Trecho de “Sangria” da banda Cristoatividade, regravada pelo Rosa de Saron)
Hoje eu tive uma proveitosa aula de “Literatura na educação básica”, lemos alguns textos de livros infantis. Chorei junto com uma colega de classe, lendo algo sobre avós, e isso já foi proveitoso, visto que chorar com alguém aproxima mais do que sorrir com alguém.
E continuando a leitura me deparo com um pequeno poema, feito para crianças, há muitos anos atrás, pelo gênio Olavo Bilac. Segue o poema:

“Para experimentar Octávio, o mestre
Diz: ‘Já que tudo sabe, venha cá!’
Diga em que ponto da extensão terrestre
OU da extensão celeste, DEUS está

Por um momento apenas, fica mudo
Octávio, e logo resposta dá:
‘Eu, senhor mestre, lhe daria tudo
Se me dissesse onde é que Ele não está’ “

Achei genial o poema, e fiquei orgulhosa da resposta do menino!  Que expressou seu conhecimento da Onipresença Divina!
E ainda fiz ligação com aquela canção tão executada nos retiros, encontros e shows:
“[...] Me diga onde Ele está...
Está no Céu, está no mar, Na extensão do infinito”
Que linda maneira de responder onde DEUS está! Ora! Ele está em todo lugar! Não há onde não esteja!

(Salmo 139.7) "Para onde irei, longe do teu espírito? Para onde fugirei da tua presença? "

Você já pensou nisso?
Quando você pratica algo bom, DEUS está do seu lado, mas se faz algo ruim, Ele também está!Então, é hora de vigiarmos nossos atos!
 (São Mateus 26,41)
Vigiai e orai, para não cairdes em tentação; pois o espírito está pronto, mas a carne é fraca”. 
Pensem nisso!

Com esse textinho simples, eu desejo a vocês uma Santa Páscoa!