Hoje a tarde estava assistindo a final da dança no gelo das Olimpíadas de Inverno de Vancouver, que está sendo transmitida pela Record. Coisas que só as férias proporcionam... rs
Rodopios, giros, levantamentos... Apresentações lindas, dando a impressão que os atletas fazem tudo com facilidade.
Para a nossa sociedade imediatista deve parecer um absurdo que atletas passem 4 anos treinando para uma apresentação, na base da tentativa e erro. Se errar, recomeça, até acertar. Nem que seja preciso treinar 20 horas por dia.
Ao contrário desses atletas, temos dificuldade em tentar, e principalmente em insistir nas tentativas. Queremos tudo na hora. Queremos tudo do nosso jeito.
E então o que fazemos? Rezamos pedindo a Deus que faça as nossas vontades. Pedindo não, ordenando. Nada de "seja feita a Vossa vontade" e sim "seja feita a MINHA vontade". Deixamos tudo por conta de Deus, e ainda nos revoltamos quando não somos atendidos.
Mas Deus não faz aquilo que nós mesmos podemos fazer. E quando faz, é tudo no tempo dEle.
Tem até uma passagem no livro do Eclesiastes sobre o Kairós, o tempo de Deus:
"Para tudo há um tempo, para cada coisa há um momento debaixo dos céus: tempo para nascer, e tempo para morrer; tempo para plantar, e tempo para arrancar o que foi plantado; tempo para matar, e tempo para sarar; tempo para demolir, e tempo para construir; tempo para chorar, e tempo para rir; tempo para gemer, e tempo para dançar; tempo para atirar pedras, e tempo para ajuntá-las; tempo para dar abraços, e tempo para apartar-se. Tempo para procurar, e tempo para perder; tempo para guardar, e tempo para jogar fora; tempo para rasgar, e tempo para costurar; tempo para calar, e tempo para falar; tempo para amar, e tempo para odiar; tempo para a guerra, e tempo para a paz." (Ecle 3, 1-8)
Que tal exigirmos menos de Deus e mais de nós mesmos? Que tal deixarmos Deus ser Deus, ou seja, agir naquilo que nós mesmos não podemos mudar, mesmo depois de muitas tentativas?
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
Como será a sua vivência da Quaresma?
Oi amigos, a paz!
Terminado o carnaval, hoje, quarta-feira de Cinzas, a Igreja convida os fiéis a um período de reflexão e recolhimento, com duração de quarenta dias, período esse chamado de Quaresma.
A Igreja recomenda jejuns, penitências e orações, em preparação para as celebrações da Semana Santa, em que serão recordados os episódios da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo.
Já no primeiro dia da Quaresma, a Missa inclui a imposição das cinzas pelo Sacerdote, simbolizando a nossa fragilidade, o fim da nossa existência corporal. Por isso o padre diz: "Lembra-te que és pó, e ao pó hás de voltar" (o padre também pode optar por dizer: "Convertei-vos e crede no Evangelho").
Nenhuma dessas duas recomendações parece estar sendo levada muito a sério. Há pessoas tão focadas em aproveitar os "prazeres da vida" que se esquecem de reservar um tempo para praticar atos de caridade ou de penitência. Parece absurdo para a sociedade moderna renunciar a algo que se gosta por um bem espiritual. Por exemplo, quando a Igreja obriga a abstinência de carne (além do jejum) na quarta-feira de cinzas e na Sexta-feira Santa, há pessoas que correm para o restaurante mais próximo que sirva frutos do mar, ou então preparam a bacalhoada em casa mesmo... Que sentido há nisso?
As pessoas não querem renunciar! Aquela passagem "quem quiser me seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e me siga" (Mt 16, 24) está esquecida. Parar para examinar nossa ações e as consequencias delas é algo inconcebível, afinal estamos aqui para "aproveitar a vida"... Mas temos que ter em mente que "quem quiser ganhar a sua vida vai perdê-la, mas quem quiser perder a sua vida por causa de mim, vai ganhá-la" (Mt 16, 25).
A Quaresma é uma bela oportunidade para revisão de nossos atos, para procurarmos viver o Evangelho, renunciando a aquilo que nos afasta de Deus.
Você me acompanha?
Desejo uma Santa Quaresma a todos, com a Graça de Deus, meditando sobre o "Sacríficio Perfeito" de Cristo para salvar a humanidade:
"Quem pode saber?
Tantas versões pra uma mesma história
Lutar no escuro sem saber com que
Vários caminhos, uma só trajetória
Por que insistem em viver
Em um mesmo lugar, em pontas de facas?
Por que insistem em negar
Que o mundo de hoje se esqueceu como amar?
E a razão ninguém quer acreditar
Mil gerações não conseguiram mudar
Um destino sofredor
Como um animal caminhou ao matadouro
Pra salvar você
Pagou por nossos crimes pregado numa cruz
Um castigo que era para todos nós
Mas mesmo assim nunca deixa de amar
Aqueles que ainda o querem crucificar
Sangue que cai ainda em nossas cabeças
Pra tirar toda a culpa e pra que a gente não esqueça
Que ainda existe alguém"
(Rosa de Saron)
Terminado o carnaval, hoje, quarta-feira de Cinzas, a Igreja convida os fiéis a um período de reflexão e recolhimento, com duração de quarenta dias, período esse chamado de Quaresma.
A Igreja recomenda jejuns, penitências e orações, em preparação para as celebrações da Semana Santa, em que serão recordados os episódios da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo.
Já no primeiro dia da Quaresma, a Missa inclui a imposição das cinzas pelo Sacerdote, simbolizando a nossa fragilidade, o fim da nossa existência corporal. Por isso o padre diz: "Lembra-te que és pó, e ao pó hás de voltar" (o padre também pode optar por dizer: "Convertei-vos e crede no Evangelho").
Nenhuma dessas duas recomendações parece estar sendo levada muito a sério. Há pessoas tão focadas em aproveitar os "prazeres da vida" que se esquecem de reservar um tempo para praticar atos de caridade ou de penitência. Parece absurdo para a sociedade moderna renunciar a algo que se gosta por um bem espiritual. Por exemplo, quando a Igreja obriga a abstinência de carne (além do jejum) na quarta-feira de cinzas e na Sexta-feira Santa, há pessoas que correm para o restaurante mais próximo que sirva frutos do mar, ou então preparam a bacalhoada em casa mesmo... Que sentido há nisso?
As pessoas não querem renunciar! Aquela passagem "quem quiser me seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e me siga" (Mt 16, 24) está esquecida. Parar para examinar nossa ações e as consequencias delas é algo inconcebível, afinal estamos aqui para "aproveitar a vida"... Mas temos que ter em mente que "quem quiser ganhar a sua vida vai perdê-la, mas quem quiser perder a sua vida por causa de mim, vai ganhá-la" (Mt 16, 25).
A Quaresma é uma bela oportunidade para revisão de nossos atos, para procurarmos viver o Evangelho, renunciando a aquilo que nos afasta de Deus.
Você me acompanha?
Desejo uma Santa Quaresma a todos, com a Graça de Deus, meditando sobre o "Sacríficio Perfeito" de Cristo para salvar a humanidade:
"Quem pode saber?
Tantas versões pra uma mesma história
Lutar no escuro sem saber com que
Vários caminhos, uma só trajetória
Por que insistem em viver
Em um mesmo lugar, em pontas de facas?
Por que insistem em negar
Que o mundo de hoje se esqueceu como amar?
E a razão ninguém quer acreditar
Mil gerações não conseguiram mudar
Um destino sofredor
Como um animal caminhou ao matadouro
Pra salvar você
Pagou por nossos crimes pregado numa cruz
Um castigo que era para todos nós
Mas mesmo assim nunca deixa de amar
Aqueles que ainda o querem crucificar
Sangue que cai ainda em nossas cabeças
Pra tirar toda a culpa e pra que a gente não esqueça
Que ainda existe alguém"
(Rosa de Saron)
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
Carnaval: diversão ou dispersão?
É, infelizmente está chegando mais um carnaval...
Como conseqüência o número de abortos é incontável. Mulheres que destroem suas vidas e a vida de inocentes, justificando com aquele papo absurdo que “a mulher tem direito de decidir sobre o seu corpo”. Sim, sobre o seu corpo, mas a criança inocente é uma segunda vida!
Encontrei uma música que se encaixa perfeitamente na temática da “maior festa popular do Brasil”:
“É pão e circo, veja
A cada dose destilada, o acidente que alcooliza o ambiente
Estraga, qualquer face limpa
De balada embalada vale tudo
E as meninas da barriga tiram filhos, calam seus meninos
Selam seus destinos, são apenas mais duas histórias destruídas
Há tantas cores vivas, caçando outras peles, movimentando a grife...”
(Trecho da música "Mais que um mero poema" – Rosa de Saron)
É ou não é o retrato do que acontece no carnaval?
Distribuição de camisinhas incentivando o sexo sem compromisso, que a sociedade passou a achar normal, como se os seres humanos fossem bichos que não conseguem segurar seus instintos...
Como conseqüência o número de abortos é incontável. Mulheres que destroem suas vidas e a vida de inocentes, justificando com aquele papo absurdo que “a mulher tem direito de decidir sobre o seu corpo”. Sim, sobre o seu corpo, mas a criança inocente é uma segunda vida!
Homens e mulheres mostrando seus corpos sem nenhum pudor, ao som de músicas com duplo sentido...
Isso é diversão saudável? Sabendo que o mundo está como está porque a moral acabou, fazemos uma festa para exaltar contra-valores? Me desculpem se estou generalizando, mas é isso que eu vejo na TV. Talvez a mídia não tenha interesse de mostrar as raras festas saudáveis que ocorrem pelo Brasil...
E nós, o que faremos? Vamos nos deixar influenciar por esse tipo de "diversão" que o mundo nos oferece, mesmo sabendo que desagrada a Deus?
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
Você tem vergonha de falar de Deus?
Desde domingo passado, ao ouvir o Salmo 70, proclamado na Santa Missa, venho pensando sobre essa postagem.
A seguir, o Salmo em questão:
"Minha boca anunciará todos os dias/ vossas graças incontáveis, ó Senhor!
— Eu procuro meu refúgio em vós, Senhor:/ que eu não seja envergonhado para sempre!/ Porque sois justo, defendei-me e libertai-me!/ Escutai a minha voz, vinde salvar-me!
— Sede uma rocha protetora para mim,/ um abrigo bem seguro que me salve!/ Porque sois a minha força e meu amparo,/ o meu refúgio, proteção e segurança!/ Libertai-me, ó meu Deus, das mãos do ímpio.
— Porque sois, ó Senhor Deus, minha esperança,/ em vós confio desde a minha juventude!/ Sois meu apoio desde antes que eu nascesse,/ desde o seio maternal, o meu amparo.
— Minha boca anunciará todos os dias/ vossa justiça e vossas graças incontáveis./ Vós me ensinastes desde a minha juventude,/ e até hoje canto as vossas maravilhas."
Fico pensando nas pessoas que tem vergonha de falar de Deus, em contraste com a alegria do salmista em poder dizer "minha boca anunciará todos os dias vossas graças incontáveis ó Senhor".
Comentários sobre as novelas da globo (e de umas semanas pra cá sobre o BBB), sobre o novo livro do Dan Brown (que fala de Deus e da Igreja, mas com o intuito de ridicularizá-los), sobre o desempenho do Corinthians no campeonato, entre outros assuntos triviais. Mas parar e conversar sobre as Graças que Deus derrama todos os dias, para compartilhar testemunhos, para ler a Bíblia, o Catecismo, livros sobre a vida dos santos ou algum outro documento da Igreja, isso só no Grupo de Oração e olhe lá, quando o grupo não demora tanto a ponto de perder alguns minutos da novela.
Ainda mais preocupante é a constatação que, além de não conversarem SOBRE Deus, há pessoas que não conversam COM Deus. Não lembram de agradecer por poder levantar da cama mais um dia, pela comida na mesa, pela família, pelos amigos, pelas oportunidades que Deus nos concede a cada momento. É fato que estilo de vida contemporâneo nos leva cada vez mais para longe de Deus, deixando em último lugar quem deveria ser nossa prioridade.
Precisamente sobre isso falava o Papa Bento XVI na homilia da Missa do Galo, comentando sobre os pastores, que deixaram seus afazeres para ir adorar o menino recém-nascido: "A maioria dos homens não considera prioritárias as coisas de Deus. Estas não nos premem de forma imediata. E assim nós, na grande maioria, estamos prontos a adiá-las. Antes de tudo faz-se aquilo que se apresenta como urgente aqui e agora. No elenco das prioridades, Deus encontra-Se frequentemente quase no último lugar. Isto – pensa-se – poder-se-á realizar sempre. O Evangelho diz-nos: Deus tem a máxima prioridade. Se alguma coisa na nossa vida merece a nossa pressa sem demora, isso só pode ser a causa de Deus. Diz uma máxima da Regra de São Bento: «Nada antepor à obra de Deus (isto é, ao ofício divino)». Para os monges, a Liturgia é a primeira prioridade; tudo o mais vem depois. Mas, no seu núcleo, esta frase vale para todo o homem. Deus é importante, a realidade absolutamente mais importante da nossa vida. É precisamente esta prioridade que nos ensinam os pastores. Deles queremos aprender a não deixar-nos esmagar por todas as coisas urgentes da vida de cada dia. Deles queremos aprender a liberdade interior de colocar em segundo plano outras ocupações – por mais importantes que sejam – a fim de nos encaminharmos para Deus, a fim de O deixarmos entrar na nossa vida e no nosso tempo. O tempo empregue para Deus e, a partir d’Ele, para o próximo nunca é tempo perdido. É o tempo em que vivemos de verdade, em que vivemos o ser próprio de pessoas humanas." (Homilia completa em: http://www.zenit.org/article-23672?l=portuguese).
Tem uma música do Rosa (sim, sempre eles.. rs) que diz: "quem de nós com a própria voz vai dizer a verdade, custe o que custar, não vai mentir?"
Convido você a deixar Deus tomar conta da sua vida, nas conversas e na oração, para ser testemunho que só uma vida consagrada a Ele é completa.
A seguir, o Salmo em questão:
"Minha boca anunciará todos os dias/ vossas graças incontáveis, ó Senhor!
— Eu procuro meu refúgio em vós, Senhor:/ que eu não seja envergonhado para sempre!/ Porque sois justo, defendei-me e libertai-me!/ Escutai a minha voz, vinde salvar-me!
— Sede uma rocha protetora para mim,/ um abrigo bem seguro que me salve!/ Porque sois a minha força e meu amparo,/ o meu refúgio, proteção e segurança!/ Libertai-me, ó meu Deus, das mãos do ímpio.
— Porque sois, ó Senhor Deus, minha esperança,/ em vós confio desde a minha juventude!/ Sois meu apoio desde antes que eu nascesse,/ desde o seio maternal, o meu amparo.
— Minha boca anunciará todos os dias/ vossa justiça e vossas graças incontáveis./ Vós me ensinastes desde a minha juventude,/ e até hoje canto as vossas maravilhas."
Fico pensando nas pessoas que tem vergonha de falar de Deus, em contraste com a alegria do salmista em poder dizer "minha boca anunciará todos os dias vossas graças incontáveis ó Senhor".
Comentários sobre as novelas da globo (e de umas semanas pra cá sobre o BBB), sobre o novo livro do Dan Brown (que fala de Deus e da Igreja, mas com o intuito de ridicularizá-los), sobre o desempenho do Corinthians no campeonato, entre outros assuntos triviais. Mas parar e conversar sobre as Graças que Deus derrama todos os dias, para compartilhar testemunhos, para ler a Bíblia, o Catecismo, livros sobre a vida dos santos ou algum outro documento da Igreja, isso só no Grupo de Oração e olhe lá, quando o grupo não demora tanto a ponto de perder alguns minutos da novela.
Ainda mais preocupante é a constatação que, além de não conversarem SOBRE Deus, há pessoas que não conversam COM Deus. Não lembram de agradecer por poder levantar da cama mais um dia, pela comida na mesa, pela família, pelos amigos, pelas oportunidades que Deus nos concede a cada momento. É fato que estilo de vida contemporâneo nos leva cada vez mais para longe de Deus, deixando em último lugar quem deveria ser nossa prioridade.
Precisamente sobre isso falava o Papa Bento XVI na homilia da Missa do Galo, comentando sobre os pastores, que deixaram seus afazeres para ir adorar o menino recém-nascido: "A maioria dos homens não considera prioritárias as coisas de Deus. Estas não nos premem de forma imediata. E assim nós, na grande maioria, estamos prontos a adiá-las. Antes de tudo faz-se aquilo que se apresenta como urgente aqui e agora. No elenco das prioridades, Deus encontra-Se frequentemente quase no último lugar. Isto – pensa-se – poder-se-á realizar sempre. O Evangelho diz-nos: Deus tem a máxima prioridade. Se alguma coisa na nossa vida merece a nossa pressa sem demora, isso só pode ser a causa de Deus. Diz uma máxima da Regra de São Bento: «Nada antepor à obra de Deus (isto é, ao ofício divino)». Para os monges, a Liturgia é a primeira prioridade; tudo o mais vem depois. Mas, no seu núcleo, esta frase vale para todo o homem. Deus é importante, a realidade absolutamente mais importante da nossa vida. É precisamente esta prioridade que nos ensinam os pastores. Deles queremos aprender a não deixar-nos esmagar por todas as coisas urgentes da vida de cada dia. Deles queremos aprender a liberdade interior de colocar em segundo plano outras ocupações – por mais importantes que sejam – a fim de nos encaminharmos para Deus, a fim de O deixarmos entrar na nossa vida e no nosso tempo. O tempo empregue para Deus e, a partir d’Ele, para o próximo nunca é tempo perdido. É o tempo em que vivemos de verdade, em que vivemos o ser próprio de pessoas humanas." (Homilia completa em: http://www.zenit.org/article-23672?l=portuguese).
Tem uma música do Rosa (sim, sempre eles.. rs) que diz: "quem de nós com a própria voz vai dizer a verdade, custe o que custar, não vai mentir?"
Convido você a deixar Deus tomar conta da sua vida, nas conversas e na oração, para ser testemunho que só uma vida consagrada a Ele é completa.
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